Nessa terra de Titãs,
lembranças do mundo pudico:
pés descalços no chão gelado,
geladeira vermelha,
brasas de madeira,
brinquedos da sujidade rica.
Humildade na abscissa da vida.
Esse pouco que enriquece,
ao mesmo tempo enobrece.
Tristezas têm de ser de verdade,
sofrimentos têm de existir.
A alegria e humildade,
fortunas inestimáveis.
Antípoda de mim,
a ponta da pirâmide,
onde impera a sujeira
e a podridão se disfarça.
Nessa Terra de Titãs,
o escopo dos humildes
finda-se por meios árduos
e caminhos tortuosos.
Os passos são diminutos,
o tempo é célere,
contínuo e avassalador,
mas a vontade perene.
A satisfação do triunfo,
acoberta-me os ombros,
purifica-me a alma,
e evidencia que tudo é exeqüível
nessa terra de Titãs.
Claudio Losano
Sandro de Faria
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