Linda, incessante e eterna operária da paz,
és temida por desconhecerem teus méritos.
Muitos, por ti perpetuaram-se e são mitos,
nos epitáfios, recordações: “Aqui Jaz”.
Não és reconhecida pelo bem que faz;
sempre justa, leva os bons, ruins e os malditos,
feianchões, sublimes, lerdaços, expeditos,
branco, negro, amarelo - ninguém fica atrás.
Sei, porém, que não és inimiga da vida:
juntas travam grande batalha contra a dor,
fazendo conter todo auge de sofrimento.
Sei que me tocarás com levez de uma flor,
e ao seu encontro não irei, sinto-me lento,
mas te espero como um noivo à sua querida.
Claudio Losano
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